quarta-feira, 31 de março de 2010

Pensando ao Luar



Como se as noites deixassem de ser calmas e tranquilas passando a momentos de silêncio indeterminável sem fim ou limite. As pálpebras parecem não pesar e o cansaço parece não as fazer sessar mantendo a inconstante sensação de vazio presente e acesa, tal chama de vela incandescente na escuridão. Aquilo que oiço já não me é novidade já também o passei, mas fazem-me soar como desconhecido e eu finjo mostrar interesse como criança ouvindo um conto infantil vezes e vezes sem conta. Queria dizer que me cansa um pouco e que de certo modo me faz ficar farta mas na maior das delicadezas, tal e qual como fui feita e desde sempre me apresento, permaneço, tentando ficar tranquilamente no meu canto e não demonstrar grandes manifestações.
A indiferença de vezes e o extraórdinário interesse de outras deixa-me confusa. Sempre tentei perceber demasiado aquilo que aos outros toca e ao que as almas por ai apelam, mas, a nível pessoal sempre foi mais difícil, as decisões que pesam e as indecisões que por vezes se mantém. O pensar poder ter feito algo de modo diferente, ter reagido de outra forma ou uma simples mudança de verbo achocalham-me o cérebro e mantêm-me alerta. Chego à conclusão, nada brilhante é deveras que, para quê pensar demasiado? isso nada resolverá e ainda mais dúvidas se instalarão... Tento conter-me mas por vezes é difícil pode ser estupidez e é quase certo que sim mas teimam em cair percorrendo todo o seu caminho rosto abaixo. Mas, de que vale apenas uma palavra sem acreditar nela? De que vale fugir em vez de enfrentar aquilo que se apresenta diante de nós?Bastava um simples gesto verdadeiro ou uma palavra que me transmitissem a verdade e me fizessem querer seguir em frente...

Sem comentários:

Enviar um comentário